Glossário dos investidores

Pessoal, essa página tem como objetivo esclarecer alguns conceitos e significados dos termos mais utilizados no mercado financeiro. Tenho certeza que existem inúmeros outros termos além dos mencionados abaixo, mas vamos começar com esse conteúdo. Na medida que eu for lembrando de novos termos, ou que vocês forem sugerindo outros termos, eu vou complementando essa página com os novos significados. Então vamos lá.

CARTEIRA DE INVESTIMENTOS - É um grupo de ativos que pertence a um investidor, seja pessoa física ou pessoa jurídica. Esses ativos podem ser ações, derivativos, títulos, debêntures, notas promissórias, imóveis, moedas, etc. Uma carteira de investimentos pode ser diversificada, mesclando vários tipos de ativos diferentes, com objetivo de minimizar riscos.

COMMODITIES - É um termo de origem inglesa cujo significado é "mercadoria". Esse termo é utilizado para referência a produtos em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau de industrialização, produzidos em grande quantidade e por diferentes produtores. Geralmente são produtos que podem ser estocados por determinado período sem perda de qualidade. Esses produtos tem grande importância na economia porque embora sejam mercadorias primárias, são negociados em todo o mundo, de forma global. Dessa forma, a variação nas cotações desses produtos tem impacto significativos nos mercados mundiais, podendo causar perdas para empresas, investidores e até países. Exemplos de commodities: minérios em geral (outro, petróleo, ferro, etc), produtos agrícolas (café, soja, etc).

DEBÊNTURES - Debênture é uma forma de captação de recursos (capital) por parte das empresas. As debêntures são títulos de dívida de médio e longo prazo emitidos por empresas, que conferem ao detentor do título, o debenturista, um direito de crédito contra a emissora. Assim, ao comprar uma debênture, você passa a ser credor da empresa. A empresa emissora da debênture irá remunerar o comprador através de juros (fixos ou variáveis, a depender do contrato de emissão de debêntures).

DERIVATIVOS - São ativos que derivam (ou dependem) de outro ativo financeiro ou mercadoria. Ou seja, são aplicações financeiras que tem como base de negociação o preço de um ativo negociado no mercado futuro. Exemplo: Existe um derivativo chamado opção de compra, que dá o direito do investidor adquirir um ativo no futuro a um preço pré-definido no presente. Por exemplo, o investidor pode garantir o direito de comprar ações da Petrobrás a R$ 24,00 ao final de 30 dias. Para garantir esse direito, o investidor paga um "ágio" ao vendedor da opção. Se ao final de 30 dias, a ação estiver com um preço superior a R$ 24,00, o comprador exerce seu direito e o vendedor é obrigado a entregar as ações ao preço de R$ 24,00. Se a ação estiver com preço inferior a R$ 24,00 o comprador não irá ter interesse em exercer seu direito, e ele perde o valor do "ágio" pago ao vendedor.

FUNDOS CAMBIAIS
 - São fundos de investimentos que aplicam em uma ou mais moedas, portanto, sua rentabilidade está atrelada à variação da(s) moeda(s) alvo do fundo de investimento. Exemplo: Um determinado aplica o montante dos investidores em compra de US$. Isso significa que quando o dólar subir, o fundo terá um rendimento positivo e quando o dólar cair, o fundo terá uma rentabilidade negativa.

FUNDOS DE AÇÕES
 - São fundos de investimentos que aplicam em ações, portanto, sua rentabilidade está atrelada ao comportamento da bolsa de valores, mais especificamente na variação das ações que compõem a carteira de investimento do fundo.

FUNDOS DE INVESTIMENTOS
 - São todas as aplicações financeiras formadas pela união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro. Esse investimento é organizado e coordenado por uma empresa (pessoa jurídica), que divide as receitas e despesas entre todos os participantes, como se fosse um condomínio. A administração e gestão do fundo é realizada por especialistas contratados pelas empresas gestoras, que tratam dos aspectos gerais e jurídicos do fundo e definem a carteira de ativos (onde o fundo vai investir). Os fundos de investimento cobram uma taxa de administração dos participantes, para cobrir as despesas e para garantir a margem de lucro do administrador do fundo.

FUNDOS DE PREVIDÊNCIA PRIVADA
 - São fundos que acumulam recursos com objetivo de garantir uma renda mensal pré-determinada no futuro, geralmente como um complemento da aposentadoria do governo. O investidor escolhe o valor da renda mensal desejada, e escolhe a partir de quando ele deseja ter essa renda. Com base na idade do investidor, é definido o valor da contribuição mensal para o fundo de previdência. Existem 4 tipos de previdência (PGBL, VGBL, FAPI e Tradicional). Posteriormente vamos detalhar esses tipos em um post.

FUNDOS MULTIMERCADO
 - Como o próprio nome diz, os fundos multimercados aplicam em papéis distintos tais como títulos de renda fixa, ações, derivativos, câmbio, etc. Embora o risco e o retorno variem de acordo com a composição da carteira, esses fundos são normalmente mais arriscados e podem ser mais rentáveis do que os de renda fixa e os referenciados. Mas como operam ativos com alta volatilidade, sempre há o risco de amargar perdas acentuadas no curto prazo com os multimercados. Por aplicarem em ativos de grande volatilidade no dia a dia, os fundos multimercados também são desaconselháveis para quem não pode arcar com resultados negativos no curto prazo. Quem precisa comprar um imóvel em breve ou terminar de pagar uma dívida não deve investir seus recursos num fundo desse tipo pois tem pouco tempo para fazê-los render - o que torna a decisão arriscada.

INVESTIMENTOS DIVERSIFICADOS
 - Significa dividir o capital investido em vários investimentos com perfis diferentes (Ex: Tesouro Direto, CDB, Multimercado, ações, poupança, dólar, etc). A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho ditado: “não coloque todos os ovos numa única cesta”. Desta forma, quando um investimento não estiver indo muito bem, os outros podem compensar, de forma que na média não tenha perdas mais expressivas.

LIQUIDEZ
- Mede a facilidade e a agilidade com que um ativo seja convertido em dinheiro. Quanto mais rápido for essa conversão, mas líquido é o ativo. Exemplo: Poupança tem mais liquidez que um veículo.

PERFIL DE INVESTIDOR
- Conservador - Não aceita correr riscos ou instabilidades que possam afetar o seu patrimônio. Prefere investimentos em renda fixa, embora possa ter uma parte em renda variável.
- Moderado - Aceita uma maior exposição a riscos, tendo em vista que ele almeja rendimentos acima da média. Prefere a segurança da renda fixa, mas quer participar mais ativamente do mercado de renda variável.
- Agressivo - Tem como objetivo principal o crescimento de seu capital em um curto período de tempo, mas para isso vai ter que se arriscar muito mais em busca de uma taxa de retorno maior. A maior parte de sua carteira é concentrada em ativos de renda variável.

PROMISSÕRIAS
- Também é uma forma de captação de capital que as empresas utilizam. Trata-se de um título em que seu emissor assume a obrigação direta e principal de pagar a soma constante no título. A nota promissória nada mais é do que uma promessa de pagamento, onde para seu nascimento são necessárias duas partes, o emitente ou subscritor (devedor), criador da promissória no mundo jurídico, e o beneficiário ou tomador que é o credor do título.
Para exemplificar a constituição de uma nota promissória citamos a seguinte hipótese, Pedro empresta R$ 1.000,00 (mil reais) ao seu amigo André, que por sua vez se compromete a efetuar o pagamento do empréstimo em trinta dias, assim sendo, emite uma nota promissória no valor do empréstimo onde o beneficiário é o Pedro, com vencimento para trinta dias da data.

RENDA FIXA
- São títulos que pagam, em períodos definidos, uma taxa de retorno que é determinada no momento da aplicação.
Os títulos de renda fixa são públicos ou privados, conforme a condição da entidade ou empresa que os emite. Como títulos de renda fixa públicos citam-se as Notas do Tesouro Nacional (NTN), os Bônus do Banco Central (BBC), os Títulos da Dívida Agrária (TDA), bem como os títulos estaduais e municipais. Como títulos de renda fixa privados, aqueles emitidos por instituições ou empresas de direito privado, citam-se as Letras de Câmbio (LC), os Certificados de Depósito Bancário (CDB), os Recibos de Depósito Bancário (RDB) e as Debêntures.

RENDA VARIÁVEL
- Compõe-se de ativos de renda variável, cuja remuneração ou retorno de capital não pode ser dimensionado no momento da aplicação. São eles as ações, o ouro e os contratos negociados nas bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas.

RENTABILIDADE (BRUTA E LIQUIDA)
- Rentabilidade bruta é a taxa de remuneração aplicada sobre o capital investido.
- Rentabilidade líquida é o retorno esperado de um investimento aplicando-se a taxa de remuneração e descontando taxas de administração, tarifas e inflação.

RISCOS
- É o grau de incerteza na obtenção do retorno esperado em uma determinada aplicação financeira ou investimento realizado. Dessa forma, os investimentos podem ser classificados como de baixo, médio e alto risco. Geralmente, investimentos de baixo risco apresentam um maior nível de segurança ao investidor, mas em contrapartida costumam ter um retorno menor. Investimentos de alto risco, por outro lado, podem trazer um retorno mais alto, mas com um grau muito maior de incerteza, podendo até mesmo trazer prejuízos aos investidores.

TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
- São taxas cobradas pelos gestores dos fundos de investimentos para remunerar seu trabalho.

VOLATILIDADE
- Volatilidade, na área financeira, é o grau médio de variação das cotações de um determinado ativo em determinado período. Ativos que possuem uma diferença grande entre suas cotações máximas e mínimas em um perído de tempo são considerados ativos de alta volatilidade.